Doí pensar que estás com ela
Que ela beija os lábios que eu beijei
Que procura abrigo no teu colo,
Tal como eu procurei
Que os vossos corpos se unem,
Tal como os nossos...
Mas que posso eu fazer?
Tu não me queres,
Jogas comigo, mas não acabas a partida
Deixas o jogo a meio.
E o meu coração lavado em lágrimas,
Lágrimas que caem sem me dar conta
Que caem porque te amo e não sou amada...
Vivi uma ilusão, uma bela ilusão,
Mas como todas as ilusões, esta também se esfumará
E passará a ser uma feliz recordação
Que saltou do mundo dos sonhos para a minha realidade agarrando-a
Para mais tarde a largar sem dó nem piedade
Num caminho escuro e sozinho.
Nem a luz do amor me consegue ajudar
A sair da escuridão!
Escuridão que para alguns se traduz em distância
E para outros em palavras, na falta de palavras.
Não se pode obrigar a amar.
Amor nasce quando menos se espera
Por quem menos se espera ou quer,
Mas a vida é assim, não se pode controlar
Os sentimentos e o rumo que estes tomam
Nem por quem se os sente,
Nem que este sejam sentidos por dois seres em união.

Vera Augusto (2005)

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