Amar depois de amar-te...

A vida sem amor parece não ter sentido. Todos precisamos de amar e ser amados. Mas se o amor nos traz momentos únicos de felicidade, também nos pode fazer sofrer. Um sofrimento que se instala no coração como um hóspede indesejado.
Há o sofrimento, a paixão, o carinho, a alegria e a dor, a cumplicidade e o respeito, experiências boas e relações falhadas, escolhas e caminhos cruzados, mas principalmente e mais importante: há o renascer. A possibilidade de reconstrução pessoal. De amar depois de amar... Que a vida e o amor nos dão sempre outra oportunidade.
Já me cruzei com gente que vive o amor de forma tão diferenciada, que às vezes é necessário uma grande elasticidade mental para perceber os comportamentos, decisões e até emoções das pessoas. A vida ensinou-me a ser mais tolerante em relação ao facto de nem sempre o amor ser vivido de forma bonita e construtiva. Há quem prefira sempre o caminho do sofrimento e da dor, convencido que assim demonstra de forma inequívoca os seus sentimentos. Normalmente são pessoas que acumulam relações falhadas. Há quem acreditando no amor livre de dor, seja surpreendido por um desgosto e a partir daí vista a pele de vítima e não se disponha a reflectir sobre as razões pelas quais as coisas não funcionaram. Outros há que, acreditando incondicionalmente no amor, olham para as experiências menos boas como experiências, aceitam fazer o diagnóstico das causas do insucesso com um espelho à frente e se empenham em conher-se a si próprios, em encontrar o equilíbrio, para poderem, de novo, dar uma oportunidade ao amor.
Eu acredito na evolução e no crescimento do ser humano. Aprendi que cada cada experiência, seja boa ou má, é como uma nova aprendizagem que a seguir nos permite fazer escolhas mais felizes.

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